Olhos de Jade I: Syntyma

E se um dia você descobrisse que toda a sua vida é baseada em uma mentira?

Está tarde quando Taris-sin decide encerrar sua leitura. Fecha as páginas do livro e o deixa de lado, em uma mesinha reservada para esse fim. Uma ideia tem pairado em sua mente por horas, a forte convicção de que ele deve fazer algo para evitar que seu pai a case contra sua vontade. Ela tem que escapar. O prazo está se aproximando, e há muitos preparativos a serem enfrentados se ela realmente pretende evitar aquele terrível desfecho que condicionará o resto de sua vida. Não permitirá que sua juventude e inexperiência sejam um obstáculo para as aventuras que, cheia de entusiasmo e longe do conteúdo exótico que povoam seus livros, deseja protagonizar por si mesma. Nem sua condição de semielfa, em um mundo de humanos, deterá seus anseios por liberdade. "O que vou precisar? Roupas, comida, água, um cavalo, dinheiro…", planeja Taris-sin, com seus olhos de jade brilhando de entusiasmo.

A jovem mal pode imaginar até que ponto a mentira fez parte de sua existência, nem o sombrio legado que paira sobre ela…

Em terras ao norte, do outro lado do vasto continente de Aekhan, um jovem exploral sai para explorar, mais um dia, as florestas brancas de neve que cercam sua casa. Embriagado pelas emocionantes sensações que esses territórios selvagens lhe proporcionam, não sabe que de um lugar bem diferente, seu nome foi mencionado e marcado para morrer.

Syntyma é o primeiro dos três volumes que compõem o romance de fantasia épica Olhos de Jade.