São nove histórias. Nove histórias, bem diferentes. Histórias que contam nove vidas. Vidas da natureza, vidas do homem, vidas espirituais, vidas de Deus (esse Deus em que tanto creio e que tão pouco consigo transmitir), vidas perdidas e vidas encontradas.
Vidas que se encontram em alguém próximo; vidas que se encontram e que fazem sentido na morte, vidas que se perdem com a constatação da realidade, qual velhota, debaixo do seu pequeno guarda-chuva; vidas que a natureza perde, ainda que metaforicamente elaboradas; vidas enleadas em tantos devaneios de loucura momentânea; vidas que nos trazem dor, sem que dêmos por ela chegar, sentados numa cadeira, num dia qualquer, ou em frente a um espelho, reencontrando o nosso próprio ser, bem como a razão da nossa existência.
São nove histórias que representam, por si só, nove meses, necessários à formação de uma vida. Nove histórias que são nove lágrimas. Nove histórias que são nove esperanças. Nove histórias que são nove feridas. Nove histórias que são nove orações, a Deus.